(Algo que escrevi em pleno Inverno - nao sei o ano - e que encontrei hoje aqui no meio das minhas coisas... no meu mundo)
Dou comigo a pensar
A pensar no que tenho pensado...
Agir não tem sido o meu verbo,
Neste tempo de chuva e Inverno.
Estes dias que não acabam e que pouco ou nada acontece.
E quando acontece, é indiferente...
A chuva apaga as gentes?
A água da chuva torna o chão mais limpo...
Mas não dá tempo de secar!
Parece que está sempre à espera de ver alguém, na calçada tropeçar!
É por isso que nesses dias cinzentos as pessoas só olham para baixo.
E nem se olham...
Parece que só andam preocupadas com o seu pequeno mundo...
E com o medo de caírem nas poças de lama, a cada passo que dão.
Quando olham para cima, ou tentam ver longe,
O frio e a chuva transfiguram.
As caras ficam feias!
E desistem... Voltam a olhar para baixo...
Mas para onde, mesmo? Pés, umbigo ou chão?
O tempo influencia as gentes...
O cinzento é o nin e o mais ou menos.
É cor que não permite ver ninguém e não distingue contrastes
(É por isso que as árvores só têm uma cor no Inverno e, nos tempos quentes, é dona das coloridas flores... Deve ser também por isso que as flores estão escondidas no meio do verde, para não perder a cor...)
E se olharmos para o céu, não há nuvens nem sol!
Apenas uma camada que cega e rouba esperança!
Mas o sol virá!
Margarida Ventura
A minha estação é, definitivamente, o Verão! Tempo de maior actividade e do mais variado lazer!