The National Archives

It is dangerous to try to turn a place that is meant to bring History and past documents into a modern looking "library".
Where is the real wood brought from India in early centuries? Where is the dark smell of books and a weak and beautiful lamp? Where is the blue, red, green velvet that makes you feel close to the untouchable? Culture and knowledge brings you there, but in this place you don't feel it...
Register on the computer! Queues to get a sophisticated ID card. No pens, just pencils! Carry everything in a transparent plastic bag! Uh! Terrorism!
Everything TECH-NO-LOGIC! Printer 1, Printer 2, Printer 3, "Enquiries", computers everywhere! Open spaces... One sculpture in the corner. Men with weird beards and women with untidy hair!
"Fire Exit"! I'm on fire, should I run that way?

Hoje...

Hoje apetecia-me velejar
Velejar num mar de pensamentos...
De desabafos.
Viajar para um mundo distante,
Um mundo mais próximo do meu coração...
Porque hoje o meu coração nao esta aqui,
No lugar onde me encontro...

Tento chorar um mar de lágrimas...
Talvez para tornar tudo mais real...
Para não deixar meu barco virar em terra seca.
Para o manter em pé e a seguir conforme o vento!

Mas tenho que saber dominar as velas!
Tenho que escolher para onde quero ir!
O rumo a seguir!
Escolher o meu norte na minha bússola descontrolada!
Mas a Terra vai girando, deixando-me tonta!
Gira e rodopia, fazendo o tempo passar!...

Se um dia tive rumo,
E se no outro dia tive convicção para o mudar,
Agora nao sei a praia que me chama!
Não sei se vejo farol, que me indique que estou perto!
Que me ilumine e me cative!

Às vezes vejo uma luz...
Uma luz que se acende com força,
Mas que se apaga nesse mesmo momento!
Uma luz que permanece tanto tempo acesa,
Como o tempo que esta apagada!

Mas eu nao quero um farol que me cega na escuridão do mar!
Eu quero uma luz, que me ilumine todo o dia!
Uma luz pernamente!
Uma luz que pode ser atenuada por nuvens,
Mas que rapidamente as afasta!
Uma luz que me faça ganhar cor,
Em vez de me tirar a cor constantemente!

Margarida Ventura
13 de Março de 2010

Tempo que corre...

Por momentos não tenho mãos a medir...
Consulto vários relógios,
A vida chama por mim
Em lugares que não têm fim!
Suspiro, rodopio, fervo!
Dias se passam assim...

Cores

Eu ando pelo mundo prestando atenção
Em cores que eu não sei o nome
Cores de Almodóvar
Cores de Frida Kahlo, cores
Passeio pelo escuro
Eu presto muita atenção no que meu irmão ouve
E como uma segunda pele, um calo, uma casca,
Uma cápsula protetora
Eu quero chegar antes
Pra sinalizar o estar de cada coisa
Filtrar seus graus
Eu ando pelo mundo divertindo gente
Chorando ao telefone
E vendo doer a fome nos meninos que têm fome

Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
(quem é ela, quem é ela?)
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle

Eu ando pelo mundo
E os automóveis correm para quê?
As crianças correm para onde?
Transito entre dois lados de um lado
Eu gosto de opostos
Exponho o meu modo, me mostro
Eu canto para quem?

Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
(quem é ela, quem é ela?)
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle

Eu ando pelo mundo e meus amigos, cadê?
Minha alegria, meu cansaço?
Meu amor cadê você?
Eu acordei
Não tem ninguém ao lado

Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
(quem é ela, quem é ela?)
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle

(Letra da música "Cores" de Adriana Calcanhoto)

Porque às vezes preciso de me expressar...

"(...)
Os ponteiros giram sempre na mesma direcção...
Num ritmo assustadoramente certo...
Assustadoramente constante!
O tempo vai passando...
Eu vou ficando...
Ficando...
Vou ficando só, com os meus bloqueios,
Com os meus dramas,
Com os meus medos!...

(...)

Sentir!
Quero sentir!
Quero sorrir, dançar, beijar!
Quero um corpo e quero uma alma!
Quero uma alma completa!
Um alma que me complete!
Um corpo que me abrace e não fuja!
Um corpo possuído pelo prazer!
Um corpo infinito, com mãos infinitas!
Uns lábios prontos...
Uns olhos sinceros e brilhantes!
Um pé no chão e um pé nas nuvens!
Quero voar!
Quero Primaverar!"

(excertos de "Vago" por Margarida Ventura)

Carnaval(izar) é em Ovar!

Pois é! Eu sou de Ovar. Terra onde o Carnaval muda por completo a vida das pessoas em torno dos preparativos para o corso carnavalesco e claro, também para as longas noites de folia.

Agora voces pensam: "Pois... ela andou na folia e nunca mais deu notícias!"
Mas não é bem assim...=)
Peço desculpa não ter publicado nada nos últimos dias, mas agora vou falar-vos um bocadinho do carnaval da minha terrinha.

Um mês antes, já cheira a carnaval nas ruas... Nos sábados à tarde não se caminha pelas ruas, mas sim samba-se! Samba-se ao som de uma música contagiante que vai saindo das sedes e que deixa transparecer aquilo que fica guardado em "segredo dos deuses" durante tanto tempo...
A anciedade vai sendo crescente e a rivalidade entre os grupos, saudavel claro, anima as conversas nos cafés e em qualquer lado onde se entra. Os chineses, as retrosarias, o Mercado, o "Barreto"... tudo lojas que incham de fatos e de pormenores (que tornam os fatos mais divertidos) a preços muito em conta...

Durante os dias de maior folia, vive-se a noite e trabalha-se nos fatos durante o dia. (Sim.. eu também costurei o meu fato! E para meu espanto, foi coisa que me deu imenso prazer!)
Mas voces perguntam: "Então e quais são esses os dias de maior folia?"
Tudo começa com o famoso Quim Barreiros que, tradicionalmente, aparece por estas bandas na quinta-feira, trazendo a boa disposição para a cidade! Sexta é outro dia, embora mais calmo na cidade de Ovar, que trás ao centro mais gente que o habitual... neste dia os trages são mais tímidos... Sábado volta a explosão! Ovar sai à rua! Todos se fantasiam! A vitamina da alegria está bem visível em todos os rostos! Domingo, é um dia mais calmo... como sexta.
Por fim, Segunda-feira! A verdadeira noite mágica! O auge de todos estes dias de festa! As redes de telemóvel chegam a bloquear! O colorido nas ruas é imenso! Nem parece noite! Mas como "não há bela sem senão" essa magia perde-se um pouco devido a já não ser tão vulgar encontrar aqueles amigos que quase só vemos nesta altura do ano... os fatos estragam-se nas multidões... os empurrões deixam alguns mal-humorados... para nos movermos de um lado para o outro demora-se tempo de mais e fica sempre alguém para trás... A culpa é dos turistas! =)

O Desfile, ou corso carnavalesco, é uma explosão de imaginários de muitos tipos. O nosso carnaval tem três tipos de grupos: Os Carnavalescos, os Passerelle e as Escolas de Samba.


Costa de Prata (Escola de Samba)

Levados do Diabo (Passerelle)

Palhacinhas (Passerelle)


Pinguins (Carnavalesco)


Charanguinha (Escola de Samba)

Pindéricus (Carnavalesco)

Juventude Vareira (Escola de Samba)

Barulhentas (Passerelle)



Marados (Carnavalesco)

Não Precisa (Carnavalesco)


Bailarinos (Passerelle)

Hippies (Carnavalesco)


E é mais ou menos isto que se vê no cortejo...
Espero que tenham gostado.
Para o ano há mais e espero que ainda melhor!

Nouvelle Vague

Para quem ainda não sabe esta banda francesa de que gosto muito vem a Estarreja no dia 7 de Fevereiro, já este sábado.

Tenho a certeza que vai valer muito a pena e estou anciosa para que essa tão esperada noite chegue bem rápido!
Para quem não conhece, deixo aqui algumas sugestões de músicas:

Ever Fallen in Love
Heart Of Glass
Dance with me
Just Can't Get Enough
This Is Not A Love Song
The killing moon

Vamos lá ver se consigo fazer uma boa reportagem fotográfica do concerto para vos mostrar.
Se quiserem conhecer melhor a banda: http://www.lastfm.com.br/music/Nouvelle+Vague/+wiki
Espero ter entusiasmado alguns a ir e, nesse caso, até lá!